Empresas com visão e gestão focada nas pessoas, no humano, no homem, como seu maior ativo, cada vez mais preocupadas em uma cultura de sucesso, de resultado, busca associar o trabalho ao prazer. Prazer, ao bem estar, a saúde em toda a sua amplitude: espiritual, físico, profissional, emocional, familiar e social, onde o homem, como ator principal, se torna o alvo de todo o investimento, para que através deste as organizações tenham mais e mais sucesso revertido em produtividade e assertividade empresarial. Condição de vida no trabalho depende de dois focos: um organizacional e outro pessoal. Organizacional no sentido de viabilizar ferramentas que possibilitem uma mudança cultural, através de programas de Gestão de Qualidade de Vida no trabalho – GQVT, onde empresas com processos de profissionalização implantadas e gestão focada na liderança transformacional e servidora, investem maciçamente no homem, fortalecendo-o, conscientizando-o, promovendo condições de aprendizado e acima de tudo de um bem estar físico e emocional. O foco da coletividade das atividades, da divisão das tarefas, de programas de feedback de carreira, que esclarece aos profissionais onde eles estão e como estão em relação ao mercado, seus índices de empregabilidade, benefícios compatíveis com suas necessidades, otimização do tempo de permanência no trabalho de forma prazerosa, ambiente físico adequado, entre outros, geram motivação e saúde. Pelo lado emocional, o homem precisa adquirir um equilíbrio e conscientização de sua saúde emocional, espiritual, física e familiar, que só depende individualmente de seus esforços, para que todos os focos sejam bem trabalhados e harmonizados.

As organizações, junto com os líderes de áreas e sua área de RH podem ajudar e estimular seus profissionais a gerenciarem melhor a qualidade de vida nas organizações através de um Diagnóstico Estratégico. Este deve ter uma metodologia prática, rápida e eficaz, permitindo de forma fidedigna (qualitativa e quantitativa), conhecer o cenário atual da qualidade de vida de seus profissionais em todos os níveis da organização, para que através deste, possa se investir nos focos de maior risco. Geralmente os focos demandantes de problemas são, físicos, emocionais, de perda de produtividade, de absenteísmo e presenteismo sem produtividade, de falta de tolerância no trabalho em conjunto, até a perda de talento específicos nas organizações, tudo isto pelo simples fato de não se conhecer e nem se investir na saúde coletiva das pessoas que fazem as organizações. Saúde não quer dizer que estamos bem, sem problemas de doenças aparentes e sim o completo bem-estar do corpo e da mente. Fica aqui uma reflexão: 

“Vocês, brancos, são loucos. Impelidos pelas suas máquinas, se matam de trabalhar até os 60 anos, depois, quando já velhos demais para fazê-los, começam a pensar, a viajar, a divertir-se. Nós distribuímos as horas alegres ao longo de toda a vida”. Não terá razão o índio? 

“Brochieri, in De Mais, A Sociedade pós-Industrial, 1999”. Citado no livro “Manual de Gestão de Pessoas e Equipes – ABRH Nacional” 2002.

Cássia Albuquerque, Sócia da Alcance Soluções Empresariais – Conselheira Administrativa da ABRH